As mortes de atletas jovens, aparentemente saudáveis, durante a prática de esportes são um triste paradoxo.
Na semana passada, o nadador norueguês Alexander Dale Oen morreu (ainda sendo investigado) após sofrer uma parada cardíaca. O atleta de 26 anos, que era uma grande esperança de medalhas para a Noruega nos Jogos Olímpicos de Londres, foi encontrado morto no vestiário, após o treino.
No mês passado, o jogador de futebol Piermario Morosini, de 25 anos, morreu em campo após ter uma parada cardíaca durante uma partida do seu time, o Livorno. Em março, o meio-campista Fabrice Muamba, nascido no Congo e naturalizado inglês, sofreu um mal súbito durante a partida de sua equipe, o Bolton. O jogador ficou internado por um mês e por sorte, sobreviveu à parada cardíaca. Além do jogador de vôlei italiano Vigor Bovolenta, falecido em quadra.
Esses são episódios recentes, mas na história do esporte há inúmeros casos de morte súbita. Um estudo divulgado pelo Comitê Olímpico Internacional indicou que de 1966 a 2004 foram relatadas 1.101 mortes súbitas de jovens atletas com menos de 35 anos, numa média de 29 por ano. A maior incidência foi em futebol e basquete.
A avaliação clínica detalhada e rotineira para atletas é a única maneira de minimizar o risco da morte súbita. No esporte, a principal causa (90%) é a cardiopatia, seguida da fibrilação ventricular (85%). Por isso, é obrigatório que haja uma equipe técnica treinada, além de desfibriladores em todos os eventos esportivos.
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