Atividades físicas de caráter lúdico e recreação reduzem fatores de riscos cardiovasculares em crianças obesas. A conclusão está em artigo publicado na Revista da Associação Médica Brasileira.
Os autores, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade do Porto (UP), em Portugal, apontam a eficácia da combinação de exercícios físicos e alimentação na redução do índice de massa corpórea das crianças obesas, dos índices de colesterol total e LDL, bem como da pressão arterial e do espessamento médio-intimal carotídeo (relacionadas à tireoide), um sinal precoce e indireto de aterosclerose.
A análise demonstrou a influência de um programa de intervenção lúdico nesta inflamação grave que afeta artérias do coração e do cérebro. O estudo passa a fazer parte, assim, das escassas análises nacionais sobre os programas interdisciplinares supervisionados em crianças obesas.
Segundo a pesquisa, programas de exercícios físicos e alimentação baseada são, no geral, menos efetivos com crianças do que com adolescentes obesos por causa da falta de receptividade e de adesão. A saída dos pesquisadores foi adotar atividades de recreação.
Os autores, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade do Porto (UP), em Portugal, apontam a eficácia da combinação de exercícios físicos e alimentação na redução do índice de massa corpórea das crianças obesas, dos índices de colesterol total e LDL, bem como da pressão arterial e do espessamento médio-intimal carotídeo (relacionadas à tireoide), um sinal precoce e indireto de aterosclerose.
A análise demonstrou a influência de um programa de intervenção lúdico nesta inflamação grave que afeta artérias do coração e do cérebro. O estudo passa a fazer parte, assim, das escassas análises nacionais sobre os programas interdisciplinares supervisionados em crianças obesas.
Segundo a pesquisa, programas de exercícios físicos e alimentação baseada são, no geral, menos efetivos com crianças do que com adolescentes obesos por causa da falta de receptividade e de adesão. A saída dos pesquisadores foi adotar atividades de recreação.
Os autores sublinham que a obesidade é uma doença crônica e epidêmica mundialmente, sobretudo nas décadas mais recentes, e relacionam a significativa associação entre a obesidade infantil e condições mórbidas da síndrome metabólica. Hoje, 40% das crianças obesas apresentam a síndrome, relacionada a riscos cardiovasculares oriundos da hipertensão arterial, deposição central de gordura corporal, dislipidemia (níveis anormais de lipídios no sangue) e resistência à insulina.
Os pesquisadores adotaram o Picolli (Programa de Intervenção Cardiometabólica em Crianças Obesas, Lúdico e Interdisciplinar) e recrutaram uma população entre 8 e 11 anos com IMC acima do percentual 95. As 44 crianças analisadas, de ambos os sexos, foram provenientes do Ambulatório de Cardiologia e Endocrinologia Pediátrica do Hospital Infantil João de Gusmão, de Florianópolis (SC) no primeiro semestre de 2009. Os participantes foram divididos em dois grupos: em um deles foi realizado apenas o controle e, no outro, as intervenções de exercícios e alimentação propostas pelo Picolli.
Concluíram o estudo 32 crianças, e as 16 do chamado "grupo de intervenção" tiveram redução dos níveis de colesterol, pressão e espessuras médio-intimal média e máxima, entre elas quatro saíram da obesidade para o sobrepeso. Já o "grupo controle" apresentou aumento significativo no perímetro abdominal, glicemia, proteína reativa-C (do fígado), além de aumento das espessuras médio-intimal média e máxima.
O programa durou 12 semanas consecutivas em um ginásio, em um campo e uma piscina da UFSC, três vezes por semana, uma hora por dia. Alongamento, aquecimento, atividades aeróbicas foram realizados através de caminhadas, corda, cama elástica e danças, com acompanhamento de frequência cardíaca e orientações repetitivas sobre a importância das atividades.
Fonte: Portal UOL
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