A educação física é vista nas escolas como uma disciplina complementar menos importante que o português, matemática, história e geografia. Isso é verdade? Será que a educação física é apenas um momento de brincadeiras, jogos e diversão? Será que essa disciplina não pode acrescentar em nada no desenvolvimento da criança e do adolescente?
Os jogos, os esportes, as danças, as lutas e as diversas formas de ginástica estão presentes na nossa cultura. Influenciam o comportamento, transmitem valores, fazem parte do dia a dia das pessoas. A vivência dessas modalidades na escola possibilita ao aluno compreender, participar e modificar a realidade onde vive.
A educação física escolar é rica de informações motoras, sensoriais e culturais. É por meio dela que a criança entra no mundo dos jogos e dos esportes. Ela aprende a respeitar e valorizar o outro. Convive com regras. Descobre o significado da vitória e também da derrota. Desperta seu interesse pela vida saudável. Interage. Vivencia o trabalho em equipe. Pratica a liderança. Por meio da exploração motora a criança desenvolve consciência do mundo que a cerca e de si própria.
Segundo o doutor em Desenvolvimento Humano e Educação Especial, David Gallahue, “a escola é o único lugar em que nós podemos garantir que todas as crianças terão um tempo dedicado à instrução. E as aulas de educação física na escola são diferentes do simples ato de brincar no quintal de casa, pois são instrutivas. Ensinam como as crianças podem mover o corpo. É o único lugar onde elas são instruídas o tempo inteiro. O ideal seria que os alunos tivessem mais do que apenas uma ou duas aulas de educação física na escola por semana. Isso faria com que eles se mexessem mais e o exercício físico se tornaria parte da vida deles. O professor de educação física é uma pessoa extremamente importante na comunidade escolar”.
Na fase pré-escolar a prioridade é a atividade motora global, concentrando-se na necessidade fundamental de movimento, de investigação e de expressão. A riqueza de habilidades motoras da criança depende do desenvolvimento neuromuscular. Contudo, a aprendizagem também exerce influência sobre certas habilidades motoras como falar, escrever, abotoar, pentear, empilhar, encaixar, amarrar os sapatos, entre tantas outras.
Nas escolas de educação infantil é comum apresentarem a disciplina de Psicomotricidade como substituta da educação física. São atividades diferenciadas, onde a primeira atua como interventora e estimuladora do sistema psico, neuro e motor, enquanto a segunda como uma disciplina formativa da criança. Isso não impede que as aulas de educação física sejam repletas de conceitos e técnicas psicomotoras.
O importante para os pais é perceberem que a participação nas aulas de educação física traz uma série de benefícios para as crianças. Ela é fundamental para um maior desenvolvimento dos pequenos. Oferecer à criança a oportunidade de mover-se, usando da sua criatividade, significa estabelecer experiências que propiciarão o desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais por meio de padrões básicos de movimentos.
Assim sendo, antes de pensar em arrumar um atestado médico para que seu filho não participe das aulas de educação física porque “não gosta”, tente explicar a ele a importância dessa disciplina, bem como os benefícios que ela transmite para a vida futura!
Texto : Maria Helena S. Castro
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