Equipe americana campeã em Xangai 2011 |
A prova de equipes em águas abertas, que será disputada amanhã em Barcelona (meio-dia no horário local, 7h da manhã no horário de Brasília), com transmissão pelo Sportv e Record News, é a mais recente inclusão no programa do Mundial de Esportes Aquáticos. A primeira vez que foi realizada foi em 2011, em Xangai.
Trata-se de uma prova interessantíssima. A equipe de cada país é formada por três nadadores, sendo um homem e duas mulheres ou uma mulher e dois homens. E, ao contrário do que se pode pensar, não é em forma de revezamento: as equipes nadam juntas, o tempo todo, por 5 km. A cada minuto sai a equipe de um país, e o cronômetro é disparado. O tempo final é computado quando o último atleta dos três toca a placa.
Sendo assim, veremos duelos estratégicos amanhã. Mas uma coisa é certa: como os homens são mais rápidos que as mulheres, dentro de cada equipe o que acontecerá é que os homens irão na frente, com as mulheres se aproveitando do vácuo formado, podendo assim ter mais possiblidades de acompanha-los. Na prova de 2011, as mulheres diminuíram em até 3 minutos seus tempos conseguidos na prova individual, devido a essa estratégia.
Naquela ocasião, a seleção campeã foi a americana, com os três atletas nadando em fila indiana, a mulher sendo a última. A seleção australiana, que brigou até o final e ficou com a prata, por sua vez, nadou com um homem à frente, e o outro homem e a mulher logo atrás, formando um “V”. Será muito interessante ver como as estratégias variarão de equipe para equipe amanhã.
Em geral, os homens não podem se empolgar muito, pois não podem deixar a(s) mulher(es) da equipe muito para trás, pois esta(s) pode(m) não conseguir aproveitar o vácuo. Por isso, é razoável pensar que quem dita o ritmo principal é(são) a(s) nadadora(s). Segundo Munatones, “um dos segredos da prova é a velocidade e a resistência do nadador mais lento.” Que, em geral, são as mulheres.
Por isso, o Brasil entra como um dos favoritos. Afinal, a mulher escolhida é Poliana Okimoto, vice-campeã dos 5 km e campeã dos 10 km. Os nadadores serão Samuel de Bona, 6º colocado na prova de 5 km, e Allan do Carmo, 7º nos 10 km. Uma excelente equipe, todos responsáveis pelos melhores resultados da história das águas abertas do Brasil em suas provas.
Pelo menos no papel, a principal concorrente é a equipe dos Estados Unidos. Contam com Haley Anderson, única que derrotou Poliana nos 5 km. Além disso, eles têm Sean Ryan e Andrew Gemmel, que compuseram a equipe campeã em 2011. Ou seja, além de qualidade técnica, têm experiência na prova, uma vantagem em relação ao Brasil, que no Mundial passado não competiu a prova.
Outros times para se prestar atenção é a sempre forte Alemanha de Thomas Lurz, a França (que não subiu ao pódio, mas Damien Vidal e Aurelie Muller brigaram pelas primeiras posições em suas provas), a Grécia, do campeão dos 10 km Spyridon Gianniotis, a atual vice-campeão mundial Austrália e a Hungria, com a não-usual estratégia de utilizar um homem e duas mulheres.
Clique no link abaixo e veja o start list da prova que contará com a participação de 22 equipes. O Brasil será a oitava equipe a cair na água.
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