Parte do conjunto
Ter um lugar na família, ser aluno em uma sala de aula, pertencer a um grupo de amigos. tudo isso ajuda no desenvolvimento social, conservando a individualidade da criança
21 - Barulhão do bem Ninguém gosta do som estridente da sirene de uma ambulância – muito menos um bebê, que ainda não entende o que esse ruído representa. No entanto, os sons estranhos fazem parte da diversidade do mundo e crescer é aprender a conviver com isso. Não tenha medo de expor a criança a barulhos fortes de vez em quando, desde que você mostre para ela o que está produzindo esse som. Assim, ela aumenta cada vez mais o seu repertório e percebe que não há motivo para se assustar.
22 - Vamos dividir? É natural da criança a partir de 1 ano e meio achar que tudo é dela. Por isso, a melhor maneira de domar esse egoísmo inato é apresentar situações em que ela precise aprender a dividir – e nada melhor do que a hora de comer para exercitar a partilha. Quando receber os amigos do seu filho em casa, ou mesmo entre irmãos, sirva alimentos que podem ser consumidos a partir de uma vasilha comunitária, como pipoca, cenouras tipo baby e gomos de mexerica. Deixe as crianças decidirem o lugar em que a vasilha vai ficar ou quem vai segurá-la.
23 - Regras da vida Seu filho vai conviver com muitas normas durante a vida: no trânsito, no trabalho, nas relações sociais. Por isso, é bom que ele se acostume aos pequenos imperativos do cotidiano desde cedo. A partir dos 2 anos, a criança já pode colocar a própria roupa suja no cesto, por exemplo. Aos 5, levar o próprio prato para a pia, e aos 8, ela já sabe que deve arrumar o quarto.
24 - Cooperativa S.A. Mesmo que os pais desenvolvam tarefas em conjunto com os filhos, crianças se saem melhor quando interagem com outras crianças. Por isso, nada melhor do que atividades em grupo para que elas possam brincar (e aprender!) juntas. Pular corda, coisa que as crianças conseguem fazer por volta dos 4 anos, pode ser uma ótima chance de trabalhar em equipe: enquanto duas batem a corda, as demais se revezam para pular. Para definir os papéis a cada rodada, é essencial respeitar a vontade e o direito do outro. Se todas só quiserem pular, a brincadeira não vai para frente.
25 - Entre amigos Algumas crianças são mais falantes e extrovertidas, outras ficam com as bochechas coradas só de ouvirem o próprio nome. Tudo bem, cada uma tem um temperamento diferente e não há nada de errado com isso – desde que não esteja atrapalhando a vida social do seu filho. Um estudo da Universidade de Miami (EUA) revelou que a timidez excessiva pode até prejudicar o desempenho escolar das crianças, pois impede que estejam plenamente engajadas nas atividades. O ponto-chave é que, para interagir, qualquer pessoa precisa de segurança. Por isso, um bom começo é estimular que a criança conviva desde pequena e com frequência com gente conhecida, como primos e filhos de amigos. É a partir dos 4 anos que seu filho vai buscar brincar com outras crianças em pequenos grupos.
26 - “Ninguém me chamou” Seu filho de 4 anos chega chateado da escola porque todo mundo foi convidado para o aniversário de um amigo, menos ele. Assim como seu filho não é tão querido por um colega, ele também não gosta de todo mundo da sala da mesma maneira. E não há problema com isso, desde que não falte respeito. Para que a rejeição não tenha um peso tão grande, incentive o seu filho a cultivar núcleos de amigos diferentes: na praia, no parquinho, no futebol. Assim, quando ele não se encaixar em uma turma, não vai ser o fim do mundo.
27 - Tente outra vez
Põe o dedo aqui quem gosta de ganhar! Todo mundo, lógico. Mas perder acontece. A derrota não deve ser encarada como um fracasso e sim como uma oportunidade de identificar os erros e se preparar melhor para superar o desafio. Por isso, incentive seu filho a tentar outra vez quando ele não for o campeão da partida e desvie o foco do resultado final para os momentos divertidos da brincadeira. A partir dos 6 anos, jogos de tabuleiro podem ajudar seu filho a desenvolver um espírito de competição saudável.
28 - Histórias do mundo Você sabia que existe uma variação africana da história da Cinderela? Chama-se As Belas Filhas de Mufaro e conta a história das irmãs Manyara e Nyasha, escrita pelo americano John Steptoe, premiado autor de livros infantis. Compartilhar com o seu filho contos de diversos lugares pode mostrar a ele que, por maiores que sejam as diferenças culturais, os valores são os mesmos e os seres humanos continuam escrevendo sobre amor, alegria e tristeza em todas as partes do mundo. Depois de ouvir a história, que tal encená-la utilizando bonecos de cores de pele distintas, com vestimentas de materiais diferentes? Comente sobre a variedade de cores, formatos, texturas e tamanhos e ressalte o que cada um dos bonecos tem de mais interessante. Esse exercício é bom principalmente depois dos 7 anos, quando a criança já faz referência a estereótipos e preconceitos.
29 - Brincadeira reciclável Embalagens de alimentos costumam ser chamativas e atraentes, o que, logo de cara, pode despertar a curiosidade do seu filho. A partir dos 2 anos, ele tentará imitar atividades domésticas, então, peça ajuda para encher o saco de lixo reciclável – depois que as embalagens já estiverem lavadas, claro! – e explique que tudo o que vocês estão ensacando será transformado em novos objetos, em vez de parar na natureza.
30 - Cuidar é animal
Uma pesquisa do Instituto Max Planck revelou que crianças a partir de 3 anos já são capazes de se solidarizar com reclamações de pessoas próximas, procurando oferecer algum conforto a elas. Uma maneira de possibilitar que seu filho desenvolva esse “tomar conta” é trazer para a família um novo integrante – e não estamos falando de outro bebê! Com um animal de estimação, a criança aprende a zelar pelo outro, seja levando-o para passear ou ajudando a encher a tigela de ração. A partir dos 7 anos, ela pode ser responsável por algumas tarefas que envolvem seu novo amigo (que pode ser um peixe, um cachorro, uma calopsita...), mas ainda não tem condições de cuidar dele sozinho!
Fonte : revista crescer
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