Em casa, o desafio de fazer seu filho se alimentar de forma saudável é diário. Você evita frituras, faz pratos coloridos, inclui legumes e verduras em todas as possibilidades. Nada de refrigerante. Os doces e guloseimas também têm espaço restrito. Não é uma tarefa fácil, não é mesmo?
Quando vocês vão almoçar fora, é mais difícil manter o controle. Também, pudera! Haja tentação! É batata frita, frango empanado, massas com molho e creme de leite, muito queijo... Chega, então, a hora da bebida. Refrigerante e sucos industrializados, claro. Por fim, as sobremesas. Bolos, mousses e tortas com direito a muito chocolate e chantilly. Se para você, já é difícil segurar a onda, imagine para as crianças.
Uma pesquisa feita pela Universidade de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos, e publicada na revista científica Pediatrics, mostrou que essa tentação pode aumentar mais de 150 calorias na refeição de uma criança ou adolescente.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram dados de pesquisas do National Health and Nutrition Examination Survey, feitas entre 2003 e 2008, sobre a saúde dos americanos e fizeram o recorte em relação ao comportamento alimentar de 4.717 crianças entre 2 e 11 anos e 4.699 adolescentes entre 12 a 19 anos.
Os cientistas observaram a qualidade da dieta, a ingestão de calorias e o consumo de bebidas adoçadas, em especial, os refrigerantes, quando os participantes faziam as refeições em casa ou em restaurantes fast-food e à la carte. O resultado, como era de se esperar, mostrou que nos restaurantes as crianças e adolescentes consumiram mais açúcar, gorduras e sódio.
Nos dias em que as crianças comeram em restaurantes fast-food ingeriram 126 calorias a mais do que nas refeições feitas em casa. Quando foram a restaurantes à la carte, o número de calorias foi ainda maior: 160. O comportamento se repetiu com os adolescentes. Nas refeições feitas em fast-foods, consumiram 309 calorias extras e em restaurantes à la carte, 267.
De acordo com o pediatra Fábio Ancona Lopez, especialista em alimentação infantil da Unifesp (SP), o número de calorias extras relatado pelo estudo pode parecer pouco, mas não é, levando em conta a dieta das crianças – que varia em torno de 1.300 a 1.800 calorias diárias. Segundo Lopez, uma refeição feita em casa tem, em média, 400 calorias. Nas refeições feitas fora de casa, segundo a pesquisa, esse número aumentaria para 526, ou seja, 31,5% de calorias a mais.
Para o pediatra, o consumo de alimentos fora de casa de forma desequilibrada é uma das principais causas da obesidade infantil no mundo. “Para aumentar a aceitação do público, a comida do restaurante tem mais sal e mais gordura. É assim que o cheiro se torna mais forte e o sabor, mais gostoso”, diz.
E quanto mais sal, mais líquido. A pesquisa mostrou que nas refeições feitas fora de casa, os adolescentes tomaram o dobro de refrigerante do que nas feitas dentro de casa. “Atribuímos esse exagero às recargas de refrigerante que são liberadas aqui nos Estados Unidos”, disse em nota a professora de administração de saúde, Lisa Powell, autora do estudo.
Quando vocês vão almoçar fora, é mais difícil manter o controle. Também, pudera! Haja tentação! É batata frita, frango empanado, massas com molho e creme de leite, muito queijo... Chega, então, a hora da bebida. Refrigerante e sucos industrializados, claro. Por fim, as sobremesas. Bolos, mousses e tortas com direito a muito chocolate e chantilly. Se para você, já é difícil segurar a onda, imagine para as crianças.
Uma pesquisa feita pela Universidade de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos, e publicada na revista científica Pediatrics, mostrou que essa tentação pode aumentar mais de 150 calorias na refeição de uma criança ou adolescente.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram dados de pesquisas do National Health and Nutrition Examination Survey, feitas entre 2003 e 2008, sobre a saúde dos americanos e fizeram o recorte em relação ao comportamento alimentar de 4.717 crianças entre 2 e 11 anos e 4.699 adolescentes entre 12 a 19 anos.
Os cientistas observaram a qualidade da dieta, a ingestão de calorias e o consumo de bebidas adoçadas, em especial, os refrigerantes, quando os participantes faziam as refeições em casa ou em restaurantes fast-food e à la carte. O resultado, como era de se esperar, mostrou que nos restaurantes as crianças e adolescentes consumiram mais açúcar, gorduras e sódio.
Nos dias em que as crianças comeram em restaurantes fast-food ingeriram 126 calorias a mais do que nas refeições feitas em casa. Quando foram a restaurantes à la carte, o número de calorias foi ainda maior: 160. O comportamento se repetiu com os adolescentes. Nas refeições feitas em fast-foods, consumiram 309 calorias extras e em restaurantes à la carte, 267.
De acordo com o pediatra Fábio Ancona Lopez, especialista em alimentação infantil da Unifesp (SP), o número de calorias extras relatado pelo estudo pode parecer pouco, mas não é, levando em conta a dieta das crianças – que varia em torno de 1.300 a 1.800 calorias diárias. Segundo Lopez, uma refeição feita em casa tem, em média, 400 calorias. Nas refeições feitas fora de casa, segundo a pesquisa, esse número aumentaria para 526, ou seja, 31,5% de calorias a mais.
Para o pediatra, o consumo de alimentos fora de casa de forma desequilibrada é uma das principais causas da obesidade infantil no mundo. “Para aumentar a aceitação do público, a comida do restaurante tem mais sal e mais gordura. É assim que o cheiro se torna mais forte e o sabor, mais gostoso”, diz.
E quanto mais sal, mais líquido. A pesquisa mostrou que nas refeições feitas fora de casa, os adolescentes tomaram o dobro de refrigerante do que nas feitas dentro de casa. “Atribuímos esse exagero às recargas de refrigerante que são liberadas aqui nos Estados Unidos”, disse em nota a professora de administração de saúde, Lisa Powell, autora do estudo.
Texto adaptado da Revista Crescer
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