Ver seu filho tentando ficar em pé pela primeira vez é um daqueles momentos inesquecíveis. As tentativas de manter o equilíbrio e arriscar os primeiros passinhos podem parecer bastante desajeitadas, mas, segundo um estudo da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, publicado no Journal of Experimental Child Psychology, eles podem estar com mais controle de seus corpos do que aparentam.
Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que “balançar” é, na verdade, uma forma dos bebês explorarem o ambiente. A instabilidade do corpo no início da vida é funcional, pois ajuda as crianças a obter informações sensoriais sobre si e o espaço em que estão.
Agora esse novo estudo revelou que crianças que estão aprendendo a ficar em pé apresentam mais equilíbrio quando estão focadas em algum objeto. Para chegar a essa conclusão, os movimentos e a postura de 16 bebês de 11 meses que já conseguiam ficar em pé sozinhos, mas ainda não andavam, foram medidos por uma plataforma de força em duas situações diferentes: com e sem um brinquedo nas mãos.
O resultado da experiência mostrou que quando estavam com um brinquedo nas mãos, as oscilações diminuíam. Em outras palavras, foi possível verificar que os bebês mudam suas estratégias posturais conforme seus objetivos imediatos que variam entre explorar o ambiente ou interagir com um brinquedo.
“Nessa idade, a atenção deles é seletiva. Ou se concentram em andar ou em olhar o objeto”, explica a pediatra Miriam Silveira, membro do Departamento Científico de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Para ficar em pé, a criança usa a parte frontal do cérebro, responsável pelas funções motoras. Mas, quando interagem com o objeto, estimulam a parte posterior do cérebro, referente às percepções dos órgãos sensoriais”.
Em outras palavras, a posse do objeto direciona a atenção da criança para outro fato além do de estar de pé e, com isso, os movimentos se tornam mais naturais e estáveis.
Para o pediatra Mário Roberto Hirschheirmer, do Hospital e Maternidade São Cristóvão (SP), o brinquedo funciona como um estímulo. “Andar é uma das tarefas mais complexas do desenvolvimento. Para ficar de pé sem ajuda, a criança precisa estar com seus sentidos amadurecidos e o objeto ajuda a ‘organizar’ essas percepções”.
O especialista alerta, no entanto, que os pais não devem forçar este estágio que, para algumas, pode acontecer aos 8 meses e, para outras, só depois de 1 ano. “Esse momento vai variar de criança para criança e nada tem a ver com sua capacidade ou potencial, mas está ligado a fatores genéticos. Não adianta pressionar o bebê a ficar em pé ou andar se ele não dá sinais de que está perto disso. O mais importante é respeitar o tempo dele.”
Quando seu filho ficar em pé, você pode estimulá-lo a andar, mas sem pressa. E, quando os primeiros passos finalmente acontecerem, os tombos serão normais! Afinal, seu filho ainda está aprendendo a se equilibrar. Então, respire fundo e acalme-se porque as quedas não costumam ser graves. Se acontecerem, acalme-o com abraços e beijinhos – muitas vezes, só isso já basta! Se a criança tiver batido a cabeça, observe-a por 18 horas. Repare se houve algum afundamento ou galo muito grande e se ela está diferente (pálida, sonolenta, chorosa ou com a fala enrolada). Se não tiver nenhum desses sintomas, pode dormir, sim.
Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que “balançar” é, na verdade, uma forma dos bebês explorarem o ambiente. A instabilidade do corpo no início da vida é funcional, pois ajuda as crianças a obter informações sensoriais sobre si e o espaço em que estão.
Agora esse novo estudo revelou que crianças que estão aprendendo a ficar em pé apresentam mais equilíbrio quando estão focadas em algum objeto. Para chegar a essa conclusão, os movimentos e a postura de 16 bebês de 11 meses que já conseguiam ficar em pé sozinhos, mas ainda não andavam, foram medidos por uma plataforma de força em duas situações diferentes: com e sem um brinquedo nas mãos.
O resultado da experiência mostrou que quando estavam com um brinquedo nas mãos, as oscilações diminuíam. Em outras palavras, foi possível verificar que os bebês mudam suas estratégias posturais conforme seus objetivos imediatos que variam entre explorar o ambiente ou interagir com um brinquedo.
“Nessa idade, a atenção deles é seletiva. Ou se concentram em andar ou em olhar o objeto”, explica a pediatra Miriam Silveira, membro do Departamento Científico de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Para ficar em pé, a criança usa a parte frontal do cérebro, responsável pelas funções motoras. Mas, quando interagem com o objeto, estimulam a parte posterior do cérebro, referente às percepções dos órgãos sensoriais”.
Em outras palavras, a posse do objeto direciona a atenção da criança para outro fato além do de estar de pé e, com isso, os movimentos se tornam mais naturais e estáveis.
Para o pediatra Mário Roberto Hirschheirmer, do Hospital e Maternidade São Cristóvão (SP), o brinquedo funciona como um estímulo. “Andar é uma das tarefas mais complexas do desenvolvimento. Para ficar de pé sem ajuda, a criança precisa estar com seus sentidos amadurecidos e o objeto ajuda a ‘organizar’ essas percepções”.
O especialista alerta, no entanto, que os pais não devem forçar este estágio que, para algumas, pode acontecer aos 8 meses e, para outras, só depois de 1 ano. “Esse momento vai variar de criança para criança e nada tem a ver com sua capacidade ou potencial, mas está ligado a fatores genéticos. Não adianta pressionar o bebê a ficar em pé ou andar se ele não dá sinais de que está perto disso. O mais importante é respeitar o tempo dele.”
Quando seu filho ficar em pé, você pode estimulá-lo a andar, mas sem pressa. E, quando os primeiros passos finalmente acontecerem, os tombos serão normais! Afinal, seu filho ainda está aprendendo a se equilibrar. Então, respire fundo e acalme-se porque as quedas não costumam ser graves. Se acontecerem, acalme-o com abraços e beijinhos – muitas vezes, só isso já basta! Se a criança tiver batido a cabeça, observe-a por 18 horas. Repare se houve algum afundamento ou galo muito grande e se ela está diferente (pálida, sonolenta, chorosa ou com a fala enrolada). Se não tiver nenhum desses sintomas, pode dormir, sim.
Fonte : Revista Crescer
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