segunda-feira, 20 de maio de 2013

Videogames com sensores de movimento podem melhorar saúde de crianças

A obesidade e o sedentarismo se tornaram um problema comum não só em adultos, mas também em crianças. Um estudo publicado nesta sexta-feira no periódico The Journal of Pediatrics, no entanto, aponta um caminho divertido para driblar o problema em crianças. Segundo a pesquisa, videogames com sensores de movimento, ou "ativos" (conhecidos como exergaming, mistura de “exercise” e “gaming”), podem ser uma forma de exercício alternativa para combater o sedentarismo. Esses videogames são aqueles em que o jogador controla o jogo com os movimentos do corpo (como o Wii, da Nintendo, e o Xbox-Kinect, da Microsoft) e, assim, acaba se exercitando.

Participaram do estudo 15 crianças de 9 a 11 anos de idade, que realizaram 15 minutos de atividade intensa em um desses videogames (uma corrida de 200 metros, com o Kinect), depois de baixa intensidade (boliche, também no Kinect) e, por fim, fizeram exercícios em uma esteira ergométrica. Os pesquisadores avaliaram, em cada tido de atividade, qual foi o gasto energético e a resposta vascular — por meio da vasodilatação fluxo-mediada, VFM, medida utilizada para avaliar a saúde vascular em crianças.

Os resultados mostraram que o jogo de alta intensidade provocou um gasto de energia equivalente a exercícios físicos de intensidade moderada. Já o jogo de baixa intensidade, um gasto energético semelhante ao de uma atividade física de baixa intensidade. O jogo de alta intensidade, por sua vez, também provocou uma redução da VFM, o que sugere que ele pode ser benéfico para a saúde vascular das crianças.

Alternativa — Os participantes relataram, ainda, níveis de divertimento parecidos ao realizar as duas intensidades de exergaming. Para os autores, isso indica que as crianças podem ser estimuladas a continuar realizando atividades com níveis de intensidade mais altas nos jogos.

“Os jogos ativos de alta intensidade podem ser uma boa forma de atividade para que as crianças obtenham benefícios para a saúde em longo prazo”, afirma Louise Naylor, uma das pesquisadoras do estudo. Para os autores, os jogos ativos de videogame devem ser considerados uma forma de incentivar as crianças a serem mais ativas.

Matéria publicada em portal Revista Veja São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário