Ao longo das últimas três décadas, a prevalência na infância da obesidade tem aumentado dramaticamente no mundo, incluindo o Brasil. Com isso, as doenças associadas (comorbidades) trazem uma série de problemas de saúde, entre elas, diabetes tipo 2 que, antigamente, afligia principalmente os adultos.
Para ajudar os pediatras americanos a cuidar dessa população, a Academia Americana de Pediatria emitiu um conjunto de diretrizes para fornecer recomendações baseadas em evidências sobre o gerenciamento de diabetes tipo 2 na faixa etária de 10 aos 18 anos de idade.
Essas diretrizes são as primeiras para essa faixa etária e foram escritas em colaboração com a Associação Americana de Diabetes, a Sociedade Americana de Endocrinologia Pediátrica, a Academia Americana de Médicos de Família e da Academia Americana de Nutrição e Dietética.
As diretrizes foram publicadas na edição de fevereiro de 2013 da revista Pediatria e as principais orientações são:
1. As diretrizes recomendam começar o tratamento com insulina no momento do diagnóstico em todos os pacientes que estão em cetose ou cetoacidose diabética, marcadamente hiperglicêmico,
Ou quando a distinção entre diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2 não é clara.
Em todos os outros casos, a metformina é recomendada como terapia de primeira linha, juntamente com um programa de modificação do estilo de vida. Isso inclui nutrição e atividade física.
As orientações incluem recomendações para controle glicêmico de pacientes pediátricos, a implementação de esquemas de insulina, dieta e prática de atividade física.
Embora essas recomendações sejam das diversas Academias Americanas, acredito que sirvam de orientações para nós aqui no Brasil. Se seu filho é obeso ou tem diabete tipo 2, converse com o pediatra.
Por: Dr. José Luiz Setúbal
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