Quem nunca ouviu os mais velhos falarem dos benefícios do sono para o crescimento e para a inteligência? Talvez, essa sabedoria dos antigos ganhe respaldo com essa pesquisa publicada na revista Pediatrics, em novembro de 2012.
Enquanto o sono saudável é essencial para a vigilância e outras funções essenciais relacionadas com o sucesso acadêmico, as pesquisas envolvendo o impacto da quantidade de sono sobre o comportamento de uma criança no dia a dia na escola é bem limitada.
Cerca de 64% das crianças em idade escolar (de 6 a 12 anos) vai para a cama mais tarde (nove horas) e 43% dos meninos de 10 a 11 anos dormem menos que a quantidade recomendada por cada noite considerando os Estados Unidos, mas que, certamente, poderia ser no Brasil também, embora não conheça nenhum trabalho sobre isso realizado por aqui.
O estudo, “Impacto da duração do sono e restrição na labilidade emocional da criança e impulsividade”, foi feito entre alunos com desenvolvimento normal e típico para idade em uma amostra pequena de 34 jovens. Constatou-se que uma adição modesta de sono a cada noite – uma média de 27 minutos entre as crianças 7 a 11 anos – resultou em melhora significativa em sua capacidade de regular as emoções, incluindo a limitação do comportamento inquieto-impulsivo na escola.
Por outro lado, as crianças que diminuíram o sono por 54 minutos foram associadas com deterioração detectável de tais medidas.
Os autores do estudo dizem que essas novas descobertas reforçam a importância do sono entre crianças em idade escolar, bem como a necessidade de maiores esforços para eliminar os problemas do sono da criança.
Evidente que esse estudo necessita de outros mais profundos e mais abrangentes, mas podem dar uma boa dica do que pais, educadores e pediatras precisam fazer em relação ao sono de jovens e crianças nesse mundo cada vez mais conectado dos centros urbanos, pequenos ou grandes.
Por Dr. José Luiz Setúbal
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