Ontem, foi comemorado o Dia Nacional de Combate à Asma, uma iniciativa para incentivar a busca pelo controle dessa doença, responsável por altas taxas de consultas de emergência e milhares de internações hospitalares. A asma infantil atinge milhões de crianças e, em geral, inicia-se antes dos cinco anos. E é nesta época do ano que as crises são mais frequentes, em função da queda da temperatura e mudanças bruscas do tempo, que levam a uma maior proliferação de vírus e alérgenos (ácaros e fungos). Além disso, o ar frio e seco causa maior irritação das mucosas, propiciando o aparecimento dos sintomas.
A Asma é uma doença crônica que envolve as vias respiratórias, nos pulmões. Os brônquios são tubos que, normalmente, permitem que o ar entre e saia dos pulmões. Nos pacientes asmáticos, os brônquios ficam inflamados, principalmente quando entram em contato com algum desencadeante, como poeira, ácaros, poluição, fumaça de cigarro e ar frio. Nesta situação, os brônquios tornam-se ainda mais inchados e os músculos ao redor se contraem. Isso torna difícil a entrada e saída de ar dos pulmões, causando sintomas como tosse, chiado, falta de ar e aperto no peito. A tosse crônica pode ser o principal sintoma em algumas crianças. Pessoas com histórico familiar de alergias são mais propensas a desenvolver asma.
A Asma por ser uma doença de característica genética, alinhada a fatores ambientais, não possibilita uma cura definitiva. Mas uma vez diagnosticada corretamente, deve-se seguir um plano de tratamento de acordo com a gravidade e frequência dos sintomas. Isto envolve orientações para evitar as causas e o uso de medicamentos ajustados a cada paciente. Medidas preventivas como evitar ambientes fechados, pouco ensolarados e sem ventilação, arejar a casa, lavar roupas de cama com frequência e reforçar cuidados com a limpeza da casa são essenciais. Além disso, evitar exposição à fumaça de cigarro e tomar vacina da gripe são também medidas eficazes. Desta forma será possível manter a doença controlada, praticar atividades físicas e ter uma adequada qualidade de vida.
Por: Dra. Fátima Rodrigues Fernandes (texto adaptado)
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